quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

A todos meus amigos e amigas, eu desejo um santo e abençoado natal! Talvez durante o ano de 2009 não fui uma pessoa realmente amiga, mas quero que todos sintam o meu carinho e amizade neste natal. Celebrando o Grande Mistério da Encarnação de Jesus no ventre de Maria nós queremos vivenciar o amor ao próximo, a paz como fruto da justiça, caminhar juntos na acolhida fraterna e na esperança. Durante todo o tempo do advento, nossas celebrações litúrgicas nos mostraram o caminha da verdadeira preparação do Natal, agora a Verdadeira Luz do Menino Deus está iluminando nossa vida, sejamos irmãos e irmãs unidos na grande família dos cristãos em torno da Eucaristia!
Abraços a todos vocês que merecem minha amizade, Ermindo

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

LEITURA ORANTE
Lc 1,26-38 - Imaculada: "vínculo do amor com a Trindade"
Saudação
- A todos nós que nos encontramos neste ambiente virtual,
paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles", ficai conosco, aqui reunidos,
pela grande rede da internet,
para melhor meditar e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade: iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho: fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida: transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos
abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)



1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto:
Lc 1,26-38, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
O Evangelho narra a anunciação do anjo Gabriel a Maria. Este anúncio é que ela será mãe do Messias. O fato aconteceu em Nazaré, antes do casamento dela com José. Maria não coloca dificuldades a não ser o fato de não ser uma mulher casada. Mas, é informada de que o filho que terá é o Filho de Deus e, portanto, não terá um pai humano. A concepção virginal, por obra do Espírito Santo, é narrada também no Evangelho escrito por Mateus. Jesus é o Filho de Deus. É o Deus conosco. Maria aceita esta nobre missão que Deus lhe confia, quando diz "aconteça comigo o que o senhor acabou de dizer". Diz o Catecismo da Igreja Católica: ´
"Para ser a Mãe do Salvador, Maria "'foi enriquecida por Deus com dons dignos para tamanha função". No momento da Anunciação, o anjo Gabriel a saúda como "cheia de graça". Efetivamente, para poder dar o assentimento livre de sua fé ao anúncio de sua vocação era preciso que ela estivesse totalmente sob a moção da graça de Deus. "(CIC, 490).



2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje? Maria é modelo de fé e adesão a Deus para mim. Como bem disseram os bispos em Aparecida: "A Virgem Maria é a imagem esplêndida da conformação ao projeto trinitário que se cumpre em Cristo. Desde a sua Concepção Imaculada até sua Assunção, recorda-nos que a beleza do ser humano está toda no vínculo do amor com a Trindade, e que a plenitude de nossa liberdade está na resposta positiva que lhe damos" (DA 141).



3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus? Faço minha oração com a saudação do anjo:
-O Anjo do Senhor anunciou a Maria.
- E Ela concebeu do Espírito Santo.
Ave Maria.

- Eis a escrava do Senhor.
- Faça-se em mim segundo a Vossa Palavra.
Ave Maria.

- E o Verbo divino se fez homem.
- E habitou no meio de nós.
Ave Maria.
- Rogai por nós Santa Mãe de Deus.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oremos
Infundi, Senhor, em nossos corações a vossa graça, a fim de,
conhecendo pela Anunciação do Anjo a encarnação
de Jesus Cristo, vosso Filho, cheguemos pela sua paixão e morte
à glória da ressurreição. Pelo mesmo Cristo nosso Senhor. Amém.



4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos da fé, aderindo aos Projetos de Deus, como Maria.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.



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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Presença de Maria no Ciclo do Advento

“Nós vos louvamos, bendizemos e glorificamos pelo mistério da Virgem Maria, Mãe de Deus.” (Prefácio Advento II A)

Toda grande festa tem uma profunda preparação: assim, nós encontramos o verdadeiro significado do Advento, como tempo propício para preparar a Solene Festa do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo. Toda a Igreja reúne-se em torno da Palavra de Deus para celebrar o Mistério da Encarnação do Filho de Deus no seio de Bem-aventurada Virgem Maria.
O Advento é o tempo litúrgico mais mariano do ano, embora na piedade popular apareça o mês de maio como o mês de Maria. Nas quatro semanas que antecede o Natal, Maria se apresenta como a Arca da Aliança, o Tabernáculo de Deus aqui na terra, pois carrega no seu ventre o próprio Deus Filho.
Olhando para Maria grávida por obra do Deus Espírito Santo, nós, cristãos, percebemos a força do seu SIM dado no momento da Anunciação, com muita liberdade e consciência de sua missão de Mãe do Redentor. Também em nossas celebrações, Deus Pai vem ao nosso encontro através de sua Palavra e assim se estabelece um verdadeiro diálogo entre o Criador e sua criatura. Tendo Maria como modelo de fé, nós daremos também o nosso sim consciente e livre a Deus, buscando assumir nossa condição de discípulos e missionários.
Neste tempo litúrgico encontramos ainda uma solenidade e uma festa mariana. No dia 08 de dezembro, celebramos solenemente a Imaculada Conceição de Nossa Senhora. “Maria é a toda santa, isenta de toda mancha de pecado, pelo Espírito Santo como que plasmada e feita nova criatura” (LG 56). Esta verdade de fé é celebrada solenemente dentro do Advento. E no dia 12 de dezembro a Festa de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira do continente latino-americano.

PE Ermindo Rapozo de Assis

segunda-feira, 12 de outubro de 2009



A PRESENÇA DE MARIA NA MINHA VIDA

Desde pequeno eu aprendi que Maria é nossa mãezinha do céu e através da devoção mariana nós chegamos a Jesus, o Filho de Deus que se encarnou no seio virginal de Maria. Meus pais sempre rezavam o terço e procuravam viver segundo os ensinamentos de Cristo. Assim eu e meus irmãos fomos educados na fé cristã. Guardo com carinho nas minhas recordações da infãncia o Hino Mariano que fala da aparição de Fátima: "Há treze de maio na cova da Iria, non céu aparece a Virgem Maria. Ave, Ave, Ave Maria!" Também lembro das celebrações do mês de maio, todo dedicado a Maria e dos foguetes que o povo mineiro sempre soltavam no dia 12 de outubro, são muitas as recordações da infância que falam da Mãe de Jesus. Na juventude fui muitas vezes até o convento da Penha em Vila Velha-ES para junto da Virgem da Penha poder meditar sobre o chamado de Deus em minha vida. Foi junto da padroeira do povo capixaba que tomei a decisção de entrar para o seminário dos padres Sacramentinos de Nossa Senhora em Mamhumirim MG, lá conheci mais de perto a devoção a Nossa Senhora do Ssmo Sacramento. Depois em 1988 fui aceito no Semainário Nossa Senhora da Penha da Arquidiocese de Vitória, onde fiquei até 1995 quando fui fazer estágio pastoral na paróquia de Nossa Sra da Conceição em Guarapari. Em 1997 assumi como pároco a paróquia Nossa Sra da Conceição em Alfredo Chaves, em 2002 fui nomeado pároco da paróquia da Virgem Maria em Itacibá e desde dezembro de 2007 trabalho aqui em Santa Maria de Jetibá na paróquia Nossa Senhora Rainha da Paz. Assim vou percebendo que Maria Santíssima nunca me abandona e está sempre me dizendo: "Faça tudo o que Ele vos disser" (João 2, 5).

segunda-feira, 14 de setembro de 2009



A VIRGEM MARIA NA DEVOÇÃO POPLAR
A devoção mariana acompanha a missão evangelizadora da Igreja desde o começo, e sempre foi uma espiritualidade marcada pelas virtudes cristãs. Maria é uma mulher simples do povo que mantém a confiança em Deus, mesmo diante do sofrimento do Calvário. Ela acredita em Javé, O Deus dos pobres, e proclama suas maravilhas no hino do Magnificat, quando anuncia a derrubada dos poderosos de seus tronos e a exaltação dos humildes. Desde a chegada dos portugueses em terras brasileiras, a devoção mariana foi implantada junto com a colonização. Os missionários anunciavam o Evangelho de Jesus Cristo e apresentava Maria, como Mãe e Rainha de todo o cristão.
Sendo a discípula mais perfeita do Senhor, por sua constante meditação da Palavra de Deus em sua vida, Maria é modelo de vida cristã para todas as gerações que a proclamarão bem-aventurada e digna de nossa admiração. Como discípulos e missionários de Jesus Cristo que é Caminho verdade e Vida, nós procuramos fazer nossa opção de vida, consagrando tudo o que temos e somos por causa do Reino. Colocando o Evangelho de Jesus Cristo no centro e nossas preocupações, vamos anunciando a sua mensagem para todos os povos. Aqui no Brasil a Igreja mantém fiel ao Evangelho com sua opção preferencial pelos pobres. Nesta tomada de consciência, encontramos na pessoa da Mãe de Jesus um estímulo e uma certeza, estamos no caminho certo. Nossa espiritualidade cristã não nos afasta de Maria, mas deve sim conduzir-nos para junto da Virgem de Nazaré que viveu totalmente voltada para Deus. Ela ensina-nos a fazer sempre tudo o que seu Filho nos falar. Como nas bodas de Caná, Ela está sempre atenta às necessidades dos cristãos; ajuda os discípulos a reconhecer no Mestre a realização das promessas de Deus. Ela nos educa na escuta da Palavra e nos faz meditar em nosso coração os sinais dos tempos. Com uma espiritualidade libertadora nossas comunidades eclesiais de base perceberam a grande força motivadora de Maria para a transformação da sociedade injusta. Rezando o terço, nossas mães ensinam-nos os grandes mistérios da Vida, Paixão Morte e Ressurreição de Cristo.
Portanto, nossa devoção mariana deve estar sempre unida a Cristo e a Igreja. Maria Santíssima não é o centro de nossa fé, mas pode sim, ser um modelo de seguimento a Jesus Cristo que é o nosso único Salvador.
Padre Ermindo Rapozo de Assis

sábado, 22 de agosto de 2009

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA RAINHA DAPAZ

Ó Rainha da Paz, estabelecei o Reino do vosso ilho no meio do povo que, cheio de confiança, se recomenda a vossa proteção. Afastai para longe de nós os sentimentos de egoísmo, o espírito de inveja e discórdia. Tornai-nos humildes e fortes diante dos sofrimentos. Dai-nos paciência, espírito de caridade e confiança na Divina Providência. Abençoai-nos, dirigindo os nossos passos no caminho da paz e da união para que, formando aqui a vossa família, possamos no céu bendizer a vós a vosso Divino Filho por toda eternidade. Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
Nossa Senhora Rainha da paz, rogai por nós!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009


NOSSA SENHORA RAINHA DA PAZ

Em maio de 1954 os católicos de Santa Maria de Jetibá-ES convidou o Sr Bispo de Vitória-ES, Dom José Joaquim Gonçalves, para abençoar a pedra fundamental da capela. Ainda nãohaviam escolhido a padroeira da Igreja, por sugestão do Sr Bispo, escolheram Nossa Senhora Rainha da Paz. Acredito que a motivação desta escolha tenha sido as lembranças, ainda recente, da segunda guerra mundial que terminara em 1945.
Este é um título que tem suas origens na ladainha de Nossa Senhora e nós aqui celebramos no dia 22 de agosto, quando o calendário litúrgico nos apresenta a memória de Nossa Senhora Rainha. No século XI na cidade de Toledo na Espanha, aconteceu uma disputa entre os mouros e os católicos por causa da Catedral, mas os católicos imploraram a Nossa Senhora e conseguiram que o Rei, Dom Afonso, estabelecesse a paz na cidade. Em Medjugorje, onde a Virgem Maria também apareceu para alguns videntes, este título foi atribuído a Mãe de Jesus.
Para nosso crescimento na fé em Jesus Cristo, podemos perguntar que tipo de paz Maria pode nos oferecer? Para mim, não resta dúvida nenhuma que a paz que a Mãe de Jesus experimentou em sua vida foi baseada na sua confiança em Deus, que sempre cumpre suas promessas em favor de seu povo escolhido. Quando o anjo disse- lhe: “Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus”; Maria experimentou a paz que somente o Altíssimo Todo Poderoso pode nos oferecer. João Paulo II, falando aos jovens em Cuatro Vientos, Madri, 3/05/2003, diz: “Queridos jovens, convido-os a fazer parte da “Escola de Maria”. Ela é modelo insuperável de contemplação e exemplo admirável de interioridade fecunda, gozosa e enriquecedora. Ela lhes ensinará a jamais separar a ação da contemplação; assim, contribuirão melhor para tornar realidade um grande sonho: o nascimento da nova sociedade.” A Paz que Maria pode nos oferecer será sempre a paz de quem acredita na força do Reino de Deus e procura confiante viver na sua justiça.
Diante das guerras, da violência, da corrupção, Maria certamente nos falará da “Paz que é fruto da justiça” (Is 32,17). Assim como refletimos na última Campanha da Fraternidade da Igreja no Brasil. A paz do Reino de Deus é inquieta e nos deixa sempre em alerta para não vivermos nas nuvens, longe dos desafios da realidade.Sejamos confiantes e busquemos a PAZ!
Padre Ermindo Rapozo de Assis
erassis@hotmail.com – www.erassis.blogspot.com

domingo, 16 de agosto de 2009

Festa da Assunção

Festa solene da Assunção de Nossa Senhora


Maria Santíssima é consolo e esperança para o povo cristão que ainda caminha rumo a pátria definitiva, o céu. Celebrando a Assunção da Mãe de Jesus,m recordamos com fé uma grande verdade proclamada em 1950 pelo papa Pio XII, o Dogma da assunção de Maria. Irmão Afonso Murad explica para nós que: “A Assunção de Maria deve ser compreendida em relação a ressurreição de Jesus.” Sendo assim, A Virgem Maria é reconhecida por toda a Igreja como aquela criatura humana, que foi escolhida para ser a Mãe Virginal de Jesus e agora está junto do seu Divino Filho no céu, olhando por nós pecadores, que também esperamos a ressurreição dos mortos em Jesus Cristo.
A primeira leitura deste domingo (16/08/2009) nos apresenta a mulher vestida de sol (AP 11,19ª;12,1.3-6ª.10ª); o salmo canta o casamento de um rei e uma princesa (salmo 44); na segunda leitura fala do combate entre as forças do Reino e o mal. O Evangelho narra a visita de Maria a Isabel (Lc 1,39-56). O conjunto das leituras dá um colorido todo especial à pessoa de Maria, ela como, Mãe do Redentor, contribui muito para que as forças do mau não prevaleçam sobre o Reino de Deus. Com seu Sim dado de modo livre e consciente ao anjo no dia da anunciação, ela concebeu em seio virginal o Verbo de Deus feito carne.
Olhando para a Mãe do Redentor, nós percebemos a profundidade e intensidade do amor misericordioso de Deus para com seu povo. Com humildade, Maria reconhece as maravilhas de Deus em sua vida particular e na historia de seu povo. Participando desta solenidade mariana, nós somos estimulados a perceber também as maravilhas de Deus em nossa família, em nossa comunidade e no mundo em geral. Nosso Deus é o Todo Poderoso que derrubou do trono os poderosos e elevou os humildes. Encheu de bens os famintos e despediu os ricos de mãos vazias.
Aqui em Santa Maria de Jetibá-ES, nós invocamos a intercessão de Maria com o título de Nossa Senhora Rainha da Paz. Foi uma escolha feita em 1954 pelo então bispo do Espírito Santo, Dom Luiz Scorteghana, quando ele veio benzer a pedra fundamental da primeira igreja católica nesta localidade, onde predomina a tradição luterana.

quinta-feira, 30 de julho de 2009


O MILAGRE DA SOLIDARIEDADE (João 6,1-15)

“o pouco com Deus é muito e o muito sem Deus é pouco.”




No evangelho deste domingo passado encontramos o grande sinal que Jesus realizou, saciando a fome de milhares de pessoas quando tinha apenas dois peixes e cinco pães. Podemos perguntar a qualquer chefe de cozinha, o que seria necessário para alimentar cinco mil pessoas? Será que duzentos dólares pagariam o almoço para tanta gente? Ou voltando para nosso país, será que um salário mínimo cobre as despesas de cinco pessoas durante um mês? São várias as perguntas sem resposta, quando se trata da economia mundial ou mesmo economia familiar.
Nosso papa Bento XVI lançou no último dia 29/06/2009 sua nova Encíclica Cáritas in Veritate, falando da solidariedade que deve have4r entre as pessoas e entre as nações. Devemos estar sempre preocupados com o desenvolvimento humano integral na caridade e na verdade. Jesus, diante da multidão faminta, procura valorizar o pouco que um menino caregava, apenas dois peixes e cinco pães. Com este pouquinho de alimento, Ele saciou a fome de muita gente e ainda sobraram doze cestos de pães. O nosso Brasil tem muitos alimentos estocados nos armazéns e outros não se preocupam com o desperdício de comida em casa. Será que tem gente passando fome perto de sua casa? O Milagre da partilha só se torna possível quando o egoísmo e o individualismo dão lugar à solidariedade, pensando no “nós” e não no “eu”. Quando temos amor no coração, pensamos nos outros e assim o individual dá lugar ao comunitário. Devemos sempre nos questionar sobre nossa capacidade de partilhar, só assim estaremos abertos para amar e praticar a justiça em nosso meio.
Todos nós somos discípulos e missionários de Cristo pelo batismo que recebemos, sendo assim, nossa preocupação primeira deve ser viver a caridade acima de tudo. No amor ao próximo, nós comungamos com os ideais do Mestre Jesus, que transforma nosso egoísmo em doação e serviço, foi Ele mesmo que disse: eu vim para servir e não ser servido (MT 20,28). Diversas são as maneiras de sermos solidários com os pobres e excluídos, assim afirma as diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil N. 186. “o discípulo missionário também sabe que não pode restringir sua solidariedade ao gesto imediato da doação caritativa.Embora importante e mesmo indispensável, a doação imediata do necessário à sobrevivência não abrange a totalidade da opção pelos pobres. Antes de tudo, ela implica convívio, relacionamento fraterno, atenção, escuta, acompanhamento nas dificuldades, buscando, a partir dos próprios pobres, a mudança de sua situação.Os pobres e excluídos são sujeitos da evangelização e da promoção humana integral”.

Padre Ermindo Rapozo de Assis

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Sacramento da Penitência

O SACRAMENTO DA PENITENCIA
(PALESTRA P/ ECC)


No conjunto dos setes sacramentos, encontramos a Penitencia ou confissão, como é mais conhecido entre nós. Quando procuramos este sacramento queremos receber o perdão para os nossos pecados, com a absolvição dada pelo padre, renovamos em nós a graça de Deus que recebemos no batismo.
Nos dias atuais, muitos se perguntam: existe pecado? Por que devo me confessar?Por que devo falar meus pecados para o padre? Não posso me confessar diretamente com Deus?
Primeiramente, podemos afirmar com certeza que o pecado existe sim e que é um ato, um pensamento, uma palavra ou uma omissão que ofende a Deus e ao próximo. O pecado é uma atitude contra o amor, contra a vida que é um dom de Deus.
O pecado está nas pessoas e na sociedade, toda ação pecaminosa ofende o individuo e a comunidade onde ele vive , ele é como um câncer numa parte do nosso corpo que se espalha por todos os outros membros e acaba levando a morte aquela pessoa.
Deus veio ao mundo na pessoa de Jesus Cristo para nos libertar de todo mal e o maior deles é o pecado, pois tira a nossa liberdade de filhos e filhas de Deus. Na sua imensa misericórdia, Deus Pai enviou seu Filho ao mundo para redimir os homens e mulheres de seus pecados.
No alto da cruz, Jesus Crucificado disse: “Pai, perdoa-lhes, por que não sabem o que fazem” Lc23,34. Assim Ele nos ensina a perdoar até nossos inimigos.
Pecar é: ter ódio no coração, desejando o mau para os outros, é buscar vingança, enganar os outros com mentiras, levantar falsos testemunhos (fofocas) usar o nome de Deus em vão para justificar nossas ações, deixar de fazer o bem, etc...

· Por que devo me confessar?
Este sacramento da Penitência foi instituído Por Cristo Ressuscitado quando Ele disse: “Recebam o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados , ficarão perdoados; a quem os mantiverdes, ficarão mantidos.” (João 20,22). Portanto, Jesus não aconselha a confissão diretamente a Deus, é preciso a intermediação da Igreja, representada pelo ministro ordenado. O padre ou o bispo ouve a confissão do cristão e, exercendo seu ministério de Bom Pastor, aconselha o penitente com alguma palavra de conforto e sabedoria, sempre pedindo que faça alguma ação concreta que revele seu arrependimento e logo em seguida dá a absolvição.
· A Riqueza do Perdão de Deus.
O perdão é a expressão máxima do amor, da bondade, da misericórdia, é através do perdão que mais nos aproximamos de Deus. Quando fazemos a experiência de perdoar e ser perdoado, tudo se transforma e é maravilhoso, pois o perdão nos faz crescer como pessoa, assim nos colocarmos acima do erro.
Na Bíblia encontramos o perdão de Deus do começo ao fim e sempre é o despertar de uma nova vida. Quando não somos capazes de perdoar, ficamos presos numa rede de ódio e de vingança que transforma nossa vida num inferno. Outra face importante do perdão é saber perdoar a nós mesmo, pois se isto não acontece, você se destrói pelo sentimento de culpa. Para curar todas as feridas do pecado, encontramos no sacramento da penitência o grande remédio e na misericórdia divina o refugio para nossas tribulações. Ex. pecado do aborto e tentativa de suicídio.
· Textos para meditação:
*Salmo 31(32)
*Salmo 50(51)
*Mateus 18,21-35
*Mateus 9,9-13
*Marcos 2,3-12
*Lucas 5, 18-25
*Lucas 7, 36-50
*Lucas 15,11-32
*João 8, 1-11
*João 8,31-36
*Ef 4, 1-3.17-32
*1Jo 1,5-10;2,1-2

Como fazer uma boa confissão ?
1) Fazer um sincero exame de consciência, pode começar este exame utilizando os 10 mandamentos da lei de Deus.
2)Ao chegar perto do padre, peça que o Espírito Santo o ilumine para falar sem receios de suas faltas. Pode dizer também quando foi a ultima vez que confessou.
3)Fala sobre cada um de seus pecados, nunca sobre pecados de outras pessoas.
4)Ouça atentamente a orientação espiritual do sacerdote.
5)Cumpra a tarefa recomendada pelo confessor.


Autor: Pe Ermindo

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Noite de São João


No inesquecível córrego do café, município de Pocrane-MG, lá no sitio do Sr Belarmino Belo dos Reis, vivi meus sete primeiros anos de vida. Muita coisa boa ficou na memória como para recordar minha saudosa infância, entre estas recordações, se destaca a noite de São João Batista.
A noite de 23 para 24 de junho era a mais movimentada, o motivo era sempre a fogueira de São João, que vinha acompanhada de rezas do terço e muita broa de fubá, sem falar das batatas doces que eram assadas na fogueira. Todas as famílias da região eram católicas e tinham por devoção fazer novenas e outras práticas religiosas, meu saudoso pai, o Sr Amado Raposo, era o rezador das novenas e quando alguma criança corria o risco de morrer sem receber o batismo, ele era chamado para batizá-la.
Não me lembro em que ano foi, mas recordo que Papai iria rezar o terço naquela noite festiva em três casas diferentes na mesma noite; uma era a casa do Neca Lucindo, a segunda seria a casa do Pascalinho e por último a casa do Sr Agostinho e Dona Maria que moravam próximo de nossa casa. Sinto muita saudade dessa família, pois eu sempre brincava com seus filhos: Paulinho, Mariazinha e Aparecida.
Papai, depois de ter rezado nas outras casas, chega enfim na residência de nosso vizinho e amigo;mamãe e meus irmãos ficamos para participar do terço perto de nossa casa, que começou por volta das 22 horas. Em dias comuns, nesse horário na zona rural, todos já estão dormindo e as crianças esqueciam que existia cama para dormir. No clarão da fogueira, as crianças brincavam de roda, os rapazes e moças aproveitavam para namorar e os casados contavam casos e mais casos.
Quando papai iniciou a reza da primeira Ave Maria, todos nós estávamos na sala ao redor de altar, feito com caixotes e enfeitados com flores do campo, no meio estava colocado uma estampa de São João Batista que fora comprada lá pelas bandas de Carangola-MG. Neste dia havia sido preparado um bambu bem alto para servir de mastro para o Santo, assim que terminou a reza, fomos levantar o mastro; enquanto o retrato do santo subia, as moças e senhoras cantavam o cântico de São João e os rapazes soltavam foguetes. O final desta festança foi com muita comida e animação, sem falar do pagode que todos esperavam. Viva são João Batista! Viva o povo brasileiro!...

24/06/2009
Padre Ermindo Rapozo de Assis

domingo, 21 de junho de 2009

12º Domingo do Tempo Comum Ano B

“Quem fechou o mar com portas, quando ele jorrou com ímpeto do seio materno?”
Livro de Jô 38,8.

“ Quem é este, a quem até o vento e o amar obedecem?”Mc 4,41.


Estas duas perguntas aparecem para a nossa meditação neste domingo dia 21 de junho de 2009, quem participou da Missa ou Celebração da Palavra na sua comunidade eclesial teve oportunidade de ouvir a leitura destes textos bíblicos, mas se não teve essa oportunidade, pega a tua Bíblia e leia os textos propostos para a liturgia de hoje.
Diante destes questionamentos, o cristão, que é consciente de sua missão no mundo, sabe que somente o Criador tem poder sobre toda forma de vida existente no mundo e que tudo pertence a Ele. Nós encontramos muitas pessoas sem fé, que pergunta: “por que Deus permite a morte de inocentes? Por que Deus permite que muitos passam fome?... Essas interrogações revelam que a pessoa tem pouca ou nenhuma fé. Os discípulos estavam apavorados no meio da tempestade em alto mar e disseram: “Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?”Nas tempestades da vida, quando ficamos doentes, quando vivemos momentos difíceis, nós precisamos reforçar nossa fé, nossa confiança em Deus; pois Ele está sempre no comando de nossa vida.
Jô tinha muitas perguntas sobre o que estava acontecendo com ele, mas sempre se manteve fiel a Deus. Podemos não entender os desígnios do Criador e assim nos questionar sobre a razão dos acontecimentos, contudo nunca devemos duvidar do amor de Deus por nós. Ele sempre quer o melhor para os homens e mulheres, para toda a humanidade. Os males que acontecem no mundo têm várias explicações, mesmo que nós não a conhecemos. O certo é que não podemos culpar Deus por aquilo que nós fazemos ou experimentamos de errado. São Paulo nos confirma que se alguém está em Cristo é uma nova criatura (2Cor 5,17). Quando encontramos em Jesus Cristo a resposta para nossos anseios, certamente tudo se torna novo e ganha sentido para nós. O velho do pecado acaba sendo redimido por Cristo e assim tudo se renova.

PE Ermindo Rapozo de Assis

quinta-feira, 18 de junho de 2009


NA ESCOLA DE MARIA ENCONTRAREMOS A EUCARISTIA


O saudoso papa João Paulo II, em sua encíclica “Ecclesia de Eucharistia”, afirma que Maria é mulher “eucarística” na totalidade de SUS vida. A igreja, vendo em Maria seu modelo, é chamada a imitá-la também na sua relação com este mistério santíssimo.
A Bemaventurada Virgem Maria, Mãe de Jesus Cristo que nos alimenta com seu Corpo e Sangue na Eucaristia, tem inúmeros devotos e entre eles se destacam vários santos e beatos que tem a honra dos altares. Buscando sempre responder Sim ao Plano Divino, Maria está em perfeita comunhão com seu Divino Filho e assim, ela se torna eucarística e nos ensina a fazer o mesmo. Nas Bodas de Cana, ela soube confiar no poder de Jesus e assim aconteceu o primeiro sinal da divindade de seu Filho. Atendendo ao sábio conselho de Maria, os servos fizeram tudo o que Jesus mandou; assim a água das talhas de pedra foi transformada em vinho da melhor qualidade. Seguindo o conselho da Mãe de Jesus, muitos discípulos e discípulas procuram fazer sempre a vontade do Mestre Jesus de Nazaré.
Para aquela jovem de Nazaré, chamada Maria, fazer a vontade de Deus não era simplesmente dizer: “ seja feita a vontade de Deus”, mas antes ela quis compreender o que realmente Deus queria de sua pessoa; por isso ela perguntou ao anjo: “ como vai acontecer isto, se eu não convivo com um homem?”(Lc 1,34). Neste sentido, ela nos ensina a usar a razão, o nosso conhecimento diante dos acontecimentos para descobrir os desígnios de Deus na nossa história pessoal. Em vários momentos da vida de Maria, ela não compreendeu o que estava acontecendo, mas soube guardar tudo no coração para meditar sobre os fatos da sua vida.
Para celebrarmos a Eucaristia dignamente e viver nossa comunhão diariamente com Jesus Cristo, precisamos aprender com Maria a ficar atentos aos acontecimentos de nossa vida e do mundo em vivemos, pois nossa fé não é vivida nas nuvens e sim no cotidiano da história humana.

Festa de Corpus Christi 11 de junho de 2009
PE Ermindo Rapozo de Assis

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Maio, o mês de Nossa Senhora

Maio, o mês de Mossa Senhora


No nosso querido país verde amarelo, continuamos celebrando as mesmas festas litúrgicas do continente europeu, lá elas coincidem com alguma estação do ano. O natal é celebrado no inverno, mas no Brasil é verão; a Páscoa coincide com a primavera na Europa, mas aqui ela é celebrada no outono. O mês de maio na Europa é estação das flores, por isso começou a oferecer flores para Maria e assim surgiu o Mês Mariano para honrar a Mãe de Jesus.
No calendário litúrgico temos as memórias devocionais de Nossa Sra de Fátima no dia 13, Nossa Sra Auxiliadora dia 24 e Nossa Sra de Caravagio dia 26. Ainda encontramos a grande Festa da Visitação de Nossa Senhora que foi instituída pelo papa Urbano VI em 1389 que era celebrada no dia 02 de julho, mas desde muito tempo passou para o dia 31 de maio. É a festa do Magnificat, onde Maria louva a Deus pelas maravilhas que ele fez em favor da humanidade. O Missal Romano chama Maria de “Teofora”, a portadora de Deus, a Arca da Nova Aliança.
O saudoso Papa João Paulo II afirma que: “Maria, com sua visita a Isabel, transforma-se no modelo de quem na Igreja se coloca a caminho para levar a luz e a alegria de Cristo aos homens de todos os lugares e de todos os tempos”. Neste ano vamos celebrar a grande Solenidade de Pentecostes exatamente no dia 31, assim sendo, podemos no unir com Maria, a Mãe da Igreja, para recebermos a força do Espírito Santo e levar ao mundo moderno a mensagem redentora de Cristo. A Mãe de Jesus continua animando os discípulos e discípulas do Mestre a sermos missionários portadores da Palavra de Deus, levando esperança a todos famintos e humilhados do nosso tempo.
Maria é bendita entre as mulheres porque ouviu, guardou em seu coração e acreditou na Palavra de Deus; nós também seremos bem-aventurados se ouvirmos, guardarmos e acreditarmos nesta mesma Palavra de Salvação para o mundo. Em nossas celebrações, novenas, rezas do terço, círculos bíblicos devemos dar o devido destaque a leitura da Bíblia; assim nossa devoção mariana será um grande auxilio na evangelização de nosso povo brasileiro.