quinta-feira, 9 de junho de 2011

Homilia Semana de oração pela unidade dos cristãos



Neste tema da Semana de Oração pela unidade dos cristãos, encontramos em primeiro lugar a Palavra de Deus que era anunciada pelos apóstolos, em segundo lugar, aparece a comunhão fraterna entre os primeiros seguidores de Jesus Cristo; já em terceiro lugar, temos a fração do pão, lembrando a nova aliança que Jesus realizou com sua morte e ressurreição. O quarto aspecto é a atitude constante de oração.
1º - A palavra de Deus que era anunciada pelos apóstolos
 Não era um simples discurso humano, baseado num entrelaçamento de argumentos racionais. A palavra anunciada pelos apóstolos é expressão da vontade divina, que inspirados pelo Espírito Santo, os apóstolos anunciavam a todas as nações.
A multidão que ouvia estas palavras ficava admirada com tanta sabedoria que vinha de homens simples do povo. Muitos, que ainda não tinham ouvido falar de Jesus, abraçavam a fé cristã, baseado nos ensinamentos dos apóstolos.

2º - A comunhão fraterna entre os cristãos
 “Deus espera que os dons de cada um se repartam com amor no dia-a-dia”. Assim fala um dos hinos mais conhecidos entre os católicos. Precisamos repartir com amor o pouco que temos, pois entre nós, o amor é a lei maior que Cristo nos deixou. Acredito que este desejo: de que não haja necessitados entre nós não é uma mera utopia, mas uma exigência concreta de nossa fé em Jesus Cristo.
3º - A fração do pão
 Os discípulos de Emaús reconheceram Jesus ao partir o pão, quando eles ouviram a explicação das Escrituras, os seus corações ardiam não de ódio, mas de amor. Assim eles foram capazes de convidar aquele “estranho” para uma refeição. Ao partilhar o alimento, eles foram capazes de reconhecer o Mestre Jesus e ganharam um redobrado ardor missionário e voltaram para Jerusalém para anunciar aos outros a ressurreição de Jesus. Cada vez que nos reunimos em nossas igrejas cristãs para as devidas celebrações, precisamos reconhecer Jesus e nos comprometer com Ele, assumindo nossa fé cristã.
4º - A atitude constante de oração
 A oração, em nossa vida de discípulos de Jesus Cristo, não é um novo mandamento e muito menos uma obrigação; tenho certeza que a oração é, antes de tudo, uma necessidade que se impõe. Só é capaz de orar quem reconhece suas limitações pessoais, basta olharmos o exemplo do fariseu e do publicano que foram ao templo para orar (parábola que Jesus contou e se encontra em Lc. 18, 9-14).
Nesta semana de oração pela unidade dos cristãos, precisamos ter a atitude do publicano que se reconhece como pecador e confia totalmente na misericórdia de Deus. Católicos, luteranos e os demais cristãos somos todos anunciadores da Palavra de Deus, portanto, devemos ser também unidos nos ensinamentos dos apóstolos.
Pe. Ermindo Rapozo de Assis

quarta-feira, 1 de junho de 2011

JUNHO E JULHO, tempo de festas populares


O sexto e sétimo meses do ano abrem espaço em nossa agenda para grandes festas, com quadrilhas e fogueiras, este tempo é a estação do inverno em nosso hemisfério sul, por isso em muitos lugares de nosso Brasil, faz frio intenso, há cidade do sul em que a temperatura fica abaixo de zero. Diante do calor da fogueira de São João ou de São Pedro podemos perguntar: de onde vem este costume tão popular em nosso meio?
Esta tradição de nossa gente brasileira vem de Portugal e tem suas origens em festas do paganismo realizadas na Europa para festejar o solstício de verão que ocorre no dia 24 de junho. Outra explicação, possível para a fogueira de São João, afirma que: Isabel mandou acender uma fogueira para anunciar o nascimento de seu filho, João Batista. Assim, seus vizinhos e parentes vieram se alegrar com Isabel e Zacarias.
No calendário litúrgico, celebramos neste dia o nascimento de São João Batista, aquele que preparou, com sua pregação, a chegada de Jesus Cristo. Às margens do Rio Jordão, ele anunciava a chegada do Messias e orientava o povo judeu a fazer penitência, batizando a todos que o procurava, inclusive o próprio Jesus Cristo. O costume da fogueira não se resume ao dia de São João, mas também nas festas de Santo Antonio, São Pedro e São Paulo.
Nestas festas juninas e julinas a fogueira ganha destaque pelo fogo que ilumina a escuridão da noite, mas acredito que outro grande atrativo vem das comidas típicas, tais como: pédemoleque, canjicão, bolo de fubá, paçoca, quentão, etc. Tudo isso movimenta as pequenas e grandes vilas, deixando todos envoltos num clima de festa e alegria.
Viva São João, Santo Antonio e São Pedro!
Viva nosso povo brasileiro e sua cultura popular!
Padre Ermindo Rapozo de Assis