quinta-feira, 30 de julho de 2009


O MILAGRE DA SOLIDARIEDADE (João 6,1-15)

“o pouco com Deus é muito e o muito sem Deus é pouco.”




No evangelho deste domingo passado encontramos o grande sinal que Jesus realizou, saciando a fome de milhares de pessoas quando tinha apenas dois peixes e cinco pães. Podemos perguntar a qualquer chefe de cozinha, o que seria necessário para alimentar cinco mil pessoas? Será que duzentos dólares pagariam o almoço para tanta gente? Ou voltando para nosso país, será que um salário mínimo cobre as despesas de cinco pessoas durante um mês? São várias as perguntas sem resposta, quando se trata da economia mundial ou mesmo economia familiar.
Nosso papa Bento XVI lançou no último dia 29/06/2009 sua nova Encíclica Cáritas in Veritate, falando da solidariedade que deve have4r entre as pessoas e entre as nações. Devemos estar sempre preocupados com o desenvolvimento humano integral na caridade e na verdade. Jesus, diante da multidão faminta, procura valorizar o pouco que um menino caregava, apenas dois peixes e cinco pães. Com este pouquinho de alimento, Ele saciou a fome de muita gente e ainda sobraram doze cestos de pães. O nosso Brasil tem muitos alimentos estocados nos armazéns e outros não se preocupam com o desperdício de comida em casa. Será que tem gente passando fome perto de sua casa? O Milagre da partilha só se torna possível quando o egoísmo e o individualismo dão lugar à solidariedade, pensando no “nós” e não no “eu”. Quando temos amor no coração, pensamos nos outros e assim o individual dá lugar ao comunitário. Devemos sempre nos questionar sobre nossa capacidade de partilhar, só assim estaremos abertos para amar e praticar a justiça em nosso meio.
Todos nós somos discípulos e missionários de Cristo pelo batismo que recebemos, sendo assim, nossa preocupação primeira deve ser viver a caridade acima de tudo. No amor ao próximo, nós comungamos com os ideais do Mestre Jesus, que transforma nosso egoísmo em doação e serviço, foi Ele mesmo que disse: eu vim para servir e não ser servido (MT 20,28). Diversas são as maneiras de sermos solidários com os pobres e excluídos, assim afirma as diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil N. 186. “o discípulo missionário também sabe que não pode restringir sua solidariedade ao gesto imediato da doação caritativa.Embora importante e mesmo indispensável, a doação imediata do necessário à sobrevivência não abrange a totalidade da opção pelos pobres. Antes de tudo, ela implica convívio, relacionamento fraterno, atenção, escuta, acompanhamento nas dificuldades, buscando, a partir dos próprios pobres, a mudança de sua situação.Os pobres e excluídos são sujeitos da evangelização e da promoção humana integral”.

Padre Ermindo Rapozo de Assis

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