terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Passeio a Cataratas do Rio Iguaçu
















Oração à Virgem Maria




Virgem e Mãe Maria, Vós que, movida pelo Espírito, acolhestes o Verbo da vida na profundidade da vossa fé humilde, totalmente entregue ao Eterno, ajudai-nos a dizer o nosso «sim» perante a urgência, mais imperiosa do que nunca, de fazer ressoar a Boa Nova de Jesus.
Vós, cheia da presença de Cristo, levastes a alegria a João o Baptista, fazendo-o exultar no seio de sua mãe. Vós, estremecendo de alegria, cantastes as maravilhas do Senhor. Vós, que permanecestes firme diante da Cruz com uma fé inabalável, e recebestes a jubilosa consolação da ressurreição, reunistes os discípulos à espera do Espírito para que nascesse a Igreja evangelizadora.
Alcançai-nos agora um novo ardor de ressuscitados para levar a todos o Evangelho da vida que vence a morte. Dai-nos a santa ousadia de buscar novos caminhos para que chegue a todos o dom da beleza que não se apaga.

            Vós, Virgem da escuta e da contemplação, Mãe do amor, esposa das núpcias eternas intercedei pela Igreja, da qual sois o ícone puríssimo, para que ela nunca se feche nem se detenha na sua paixão por instaurar o Reino.

            Estrela da nova evangelização, ajudai-nos a refulgir com o testemunho da comunhão, do serviço, da fé ardente e generosa, da justiça e do amor aos pobres, para que a alegria do Evangelho chegue até aos confins da terra e nenhuma periferia fique privada da sua luz.

Mãe do Evangelho vivente, manancial de alegria para os pequeninos, rogai por nós. Amen. Aleluia!

OBS. Esta oração foi retirada da Exortação Apostólica Evangelii Guaudium – Papa Francisco.



quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Pedro Fabro, um novo santo para a Igreja




2013-12-17 Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV) - O Beato Pedro Fabro foi um dos primeiros jesuítas, amigo de Inácio de Loyola e Francisco Xavier. Nascido em 13 de abril de 1506 em Villaret, Alta Saboia (França), passou a adolescência apascentando os rebanhos de seu pai num vale dos Alpes. De família cristã, estudou numa modesta escola, sendo iniciado nas letras por um fervoroso mestre, o Padre Pierre Veillard. Esta sua formação inicial foi determinante na expressão de sua fé profunda.
Ajudado por um tio sacerdote, foi estudar em Paris, por cerca dez anos. Inicialmente ingressou no Colégio Monteigu e após no Colégio Santa Bárbara, onde foi companheiro de quarto de São Francisco Xavier, quando ambos tinham 19 anos. Ingressou na Universidade de Paris onde conheceu Santo Inácio, que passou a orientá-lo espiritualmente. Mergulhou no meio universitário, onde teve a possibilidade de trocar experiências com estudantes de diversos países. A época era de tensões e mudanças, também no campo das idéias e costumes.
Fabro passou a ser não só mestre em humanidades e filosofia, mas foi ordenado sacerdote, o primeiro dos sete companheiros. Em meio ao turbilhão vivido na época, o grupo de amigos fortalecia a comunhão por meio da oração e da busca de um caminho comum. Fizeram os Exercícios Espirituais sob a orientação de Inácio de Loyola.
A vida de Pedro Fabro foi breve, apenas 40 anos. Os últimos dez anos, no entanto, foram de intenso serviço apostólico no centro e norte da Itália, na França, na Bélgica, em Portugal e na Alemanha, que começava a se dividir pelo protestantismo nascente e onde conquistou São Pedro Canísio.
Dotado de uma profunda espiritualidade, exerceu grande influência sobre muitos homens de todas as condições que encontrou ao longo de seu caminho. "Ele tinha uma doçura alegre e uma cordialidade que nunca encontrei em ninguém. Entrava, não sei como, na intimidade dos outros, atuava pouco a pouco sobre os corações, e tão bem que pelo seu modo de proceder e o encanto de sua palavra, os levava ao amor de Deus", diz uma testemunha.
Um dos traços mais característicos de sua vida interior era a grande abertura à moção do Espírito, que levou-o a uma ampla abertura de coração aos outros, a um universo fraternal. Um dia em que sentiu que "o coração se fechava" para com pessoas cujos defeitos ele via e o inquietavam, ouviu como que uma resposta interior: "Teme antes que o Senhor te feche o coração à sua alegria....Se conservares um coração generoso para com Deus, Ele depressa te mostrará que todos se abrem a ti e que tu podes acolher a todos".
O Papa Francisco, em entrevista publicada pela revista 'La Civiltà Cattolica', declarou que “se impressionava com sua capacidade de manter o diálogo com todos, inclusive com os mais afastados e com os adversários, a piedade simples, talvez, uma certa ingenuidade, a disponibilidade imediata, seu atento discernimento interior, o fato de ser homem de grandes e fortes decisões e, ao mesmo tempo, capaz de ser doce". Pedro Fabro se considerava “um contemplativo na ação”.
Chamado pelo Papa para participar do Concílio de Trento, faleceu em Roma em 1º de agosto de 1546, sendo beatificado por Pio IX em 5 de setembro de 1872.
Peçamos a intercessão deste novo Santo da Igreja, para sermos abertos à moção do Espírito, e que incendiados pelo Seu fogo e amor, possamos também nós influenciar positivamente os homens do nosso tempo, a construir uma humanidade mais fraterna e solidária. (JE

sábado, 17 de agosto de 2013

COM MARIA, NÓS CREMOS NO MISTERIO DA SANTISSIMA TRINDADE!



Estamos celebrando neste dia, a glorificação da Virgem Maria na solenidade de sua Assunção. Aqui em nossa paróquia, nós a invocamos com o título de Nossa Senhora Rainha da Paz. Neste “Ano da Fé”, que foi inaugurado pelo Papa emérito Bento XVI no dia 11 de outubro de 2012 e terminará na Solenidade de Jesus Cristo Rei do Universo em novembro desde ano, queremos conhecer Maria Santíssima a partir de sua fé na Trindade Santa: Pai, Filho e Espírito Santo.
O Evangelho de Lucas 1,39-56 nos fala da visita que Maria fez a Isabel, que em idade avançada esperava ser mãe de João Batista. As duas eram parentas, em situações distintas foram escolhidas para serem mães, segundo os desígnios de Deus. João Batista anunciou aos judeus a conversão dos pecados e a chegada do Messias; Jesus se manifestou como o Filho de Deus, curando os doentes e perdoando os seus pecados.
Somente entenderemos a fé de Maria no contexto da espera messiânica. Ela, sendo a Filha de Sião, mantinha a esperança no cumprimento das promessas de Deus em relação a seu povo. A Jovem de Nazaré conhecia a profecia e mantinha-se fiel aos mandamentos de Deus, por esse motivo foi saudada elo Anjo Gabriel com estas palavras: “alegre-se, cheia de graça! O Senhor está contigo!” (Lc 1,28). Sua prima Isabel, emocionada e cheia do Espírito Santo, grita em alta voz: “Bendita és tu entre as mulheres e Bendito é o fruto do teu ventre!” (Lc 1,42).
O povo judeu professava a fé num único Deus, todo poderoso criador do céu e da terra; para os conterrâneos de Maria e de José, o mistério da Santíssima Trindade era desconhecido, contudo, eles esperavam o Messias, o ungido de Deus para libertar o seu povo. Abraão, Isaac, Jacó, Moisés e todos os profetas professavam sua fé no Deus único e verdadeiro. Jeremias, Isaias, Ezequiel e outros já profetizavam a vinda do Messias; João Batista nos apresenta Jesus como o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo.
Em seu magnificat, a jovem de Nazaré faz sua profissão de fé num Deus todo poderoso que fez grandes coisas em seu favor, que seu nome é santo e sua misericórdia se estende de geração em geração, a todos os que o respeitam. Este Deus todo poderoso é adorado pelos judeus e por nós cristãos do mundo inteiro; a única diferença é que nós cristãos o adoramos como: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, um só Deus em três pessoas.
Esta verdade revelada aos apóstolos foi transmitida a nós pela Igreja, que tem em Maria Santíssima a sua mais perfeita realização; por isso a liturgia de hoje nos apresenta a leitura de Apocalipse que fala da “Mulher vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas”(Ap 12.1). A Virgem Maria é símbolo da Igreja peregrina, que se mantém fiel ao projeto de Deus.
A Bem-aventurada sempre Virgem Maria, como diz o teólogo Bruno Forte, é ícone do Mistério. Ela é a filha do Deus que é Pai, ela é Mãe do Deus Filho e concebeu pelo poder do Espírito Santo que é Deus. Nesta relação toda especial e única com o Deus Uno e Trino, Maria torna-se um modelo de fé e de esperança para os cristãos. Olhando para a Mãe de Jesus, nós encontramos a plena realização das promessas de Deus.
Quando a Igreja declara a Assunção de Maria, está confirmando para nós que na Virgem de Nazaré se realizou plenamente o Mistério da Ressurreição de Cristo. Ela foi glorificada pela ação redentora de seu divino Filho. Todos nós batizados seremos glorificados pela ação de Deus em nós, esta é a nossa fé. Maria é aquela que está mais perto de Deus, sem deixar de ser humana.
Podemos rezar com todos os devotos de Maria, dizendo: “sob a vossa poderosa proteção, recorremos Santa Mãe de Deus para que sejamos dignos das promessas de Cristo! Amém.”                            
Santa Maria de Jetibá-ES, 15 de agosto de 2013 – Padre Ermindo Rapozo de Assis


sábado, 10 de agosto de 2013

“O Auto da Compadecida”





Este clássico da literatura brasileira apresenta para nós um impressionante enredo, ambientado na região nordeste do Brasil, seu principal personagem é João Grilo. Um homem simples, mas que a realidade sofrida dos nordestinos o fez ser esperto e muito inteligente. O grande momento da obra literária é o julgamento de João Grilo, após sua morte. No Tribunal Celeste, aparece o demônio como acusador dos pecadores, o grande juiz se manifesta com pele negra e é apresentado como Emanuel, Deus conosco, Jesus Cristo Rei do Universo. Por fim, atendendo ao apelo de João Grilo, aparece Maria Santíssima, a Compadecida Mãe de Jesus, como advogada de defesa.
Como advogada, a Virgem Maria obteve um ótimo desempenho, pois conseguiu aliviar a sentença de todos os pecadores: o padeiro e sua infiel esposa, o bispo ganancioso e o padre interesseiro, o cangaceiro assassino e o habilidoso João Grilo. Diante desta cena, podemos perguntar: isto é só imaginação do autor ou tem fundamento na Bíblia e na tradição da Igreja? De imediato, vem a memória a oração da Salve Rainha, quando rezamos: “eia, pois, advogada nossa”, bem como as invocações da Ladainha de Nossa Senhora, quando invocamos a Mãe de Jesus como “espelho de justiça”,  “ refugio dos pecadores”, “consoladora dos aflitos” e “auxilio dos cristãos”. Acredito que o talentoso Ariano Suassuna encontrou sua inspiração nestas conhecidas orações de nosso povo católico. Na Bíblia, encontramos o texto de João 2,1-11, quando a Mãe de Jesus intercede junto de seu Filho em beneficio de uma grande festa de casamento, as bodas de Caná. Quando leio esta passagem bíblica sinto o coração vibrar e junto com os discípulos de Jesus, renovo a minha fé no Filho de Deus.
Acredito que nossa confiança na intercessão de Maria junto a seu Divino Filho não diminui nossa é em Jesus Cristo, como cristãos devotos de Maria devemos sempre praticar os ensinamentos de Cristo, pois somente nossa fé nos justificará. No dicionário de mariologia, encontramos o verbete: “mediadora”, onde o teólogo Salvatore Meo fala que o Concilio Vaticano II preferi os títulos de Serva do Senhor, Filha de Sião, Mãe do Salvador, Sócio do Redentor, e a obra de Maria é expressa como: função materna para com os homens, maternidade na economia da graça, função subordinada. No mesmo verbete nos diz que: “o conceito pleno de da salvação humana inclui pelo menos três elementos fundamentais: libertação, promoção, comunhão... somente Cristo realiza a salvação humana nesta totalidade de significados”.
Existem muitos defensores do quinto dogma mariano, o da mediação de Maria Santíssima, contudo existem também teólogos que não concordam e acham desnecessário. Na Constituição Apostólica Lumen Gentium, encontramos o numero 62 com a seguinte afirmação: “nenhuma criatura jamais pode ser colocada no mesmo plano com o Verbo Encarnado e Redentor.” Assim sendo, nossa redenção é obra exclusiva de Jesus Cristo. Somente Ele nos resgatou do pecado, dando-nos uma vida nova. Nele somos novas criaturas, pelo batismo recebemos a adoção de filhos e filhas de Deus com a força do Espírito Santo para vencermos o pecado em nossa vida.
Pessoalmente, eu prefiro falar de intercessão da Mãe de Jesus, pois os termos: medianeira de todas as graças e co-redentora geram dificuldades de interpretação. Acredito que a declaração de um novo dogma mariano não acrescentaria muita coisa ao depositum fidei. Gosto mais de olhar para a Virgem Maria e vê nela a primeira discípula, alguém que está mais perto de nós como disse o personagem João Grilo da obra de Ariano Suassuna. Quanto mais falarmos de Maria como criatura humana e não uma semideusa nos ajudará a viver plenamente nossa verdadeira fé em Jesus Cristo. O papa emérito, Bento XVI disse em Aparecida: “Maria Santíssima é para nós escola de fé destinada a nos conduzir e nos fortalecer no caminho que conduz ao encontro com o Criador do Ceu e da terra.” (DA 270).
Autor: Padre Ermindo Rapozo de Assis


terça-feira, 16 de julho de 2013

O Escapulario de Nossa Senhora do Carmo



Recife, 16 de Julho de 2013 (Zenit.org) Pe. Rafael Maria, osb | 97 visitas
A piedade popular mariana é um património espiritual da Igreja de altíssimo valor. Esta deve estar bem fundamentada para que se alcance sua eficácia na vida dos fiéis. Muitas vezes a piedade mariana é cercada de sombras e equívocos por não seri bem iluminada ou seguida de perto pela Igreja. Estando as coisas deste modo, o povo de Deus caminha, sozinho e as cegas, onde se perde o sentido exato de um verdadeiro culto mariano. Tentamos no nosso «Curso de Cultura Mariológica I» fazer este estudo científico sobre «A origem do Rosário mariano não provém dos Dominicanos», cf. www.cursoscatolicos.com.br
Ontem, hoje e amanhã surgem formas de devoção mariana que de situações apócrifas se tornam pouco a pouco um património de fé. Foi o caso do Escapulário carmelitano pela força de sua espiritualidade mariana.
Sabe-se por novas pesquisas históricas e científicas que por uma tradição se atribuía a origem do Escapulário a uma suposta aparição da Virgem a são Simão Stock e, a este, entregou esta vestimenta como penhor de salvação. Ligado a esta pia tradição, se juntou o chamado «privilégio sabatino», isto é, uma suposta aparição da Virgem ao papa João XXII que garantia que, após a morte daquele que estivesse revestido do Escapulário, Ela, desceria ao Purgatório e o retiraria de lá.
A devoção e crença popular deram força a estas lendárias mariofanias, assim como muitos Papas cobriram de privilégios o uso e a devoção ao Escapulário. Ao que parece os pontífices não se basearam nas supostas aparições, mas na força espiritual inerentes ao Escapulário.
Na comemoração dos 700 anos da instituição desta devoção (1251-2001) a Ordem Carmelitana se viu no dever de esclarecer melhor tal situação histórica-espiritual. Se chegou ao denominador comum que, o que valia não era as supostas aparições da Virgem com suas supostas promessas, mas a força espiritual da devoção que fora enriquecida pelas autoridades da Igreja ao longo dos séculos para o benefício espiritual dos fiéis.
O uso do Escapulário deve estar ligado a um compromisso que o devoto deve ter para com Nossa Senhora que, ao usá-lo, se esforçará a viver as promessas batismais e seus deveres de cristão. Aqui está o cerne da questão. A devoção mariana está ligada muitas vezes a uma série de má interpretações, principalmente ao uso de objetos sacros que estimulam a prática da fé, como por exemplo o Rosário, as Medalhas, as Imagens, os Escapulários etc. Tais objetos muitas vezes são usados como talismã e não como meios que nos indicam algo mais superior. Tomemos o caso bíblico da «Serpente de bronze» (cf. Nm 21,8s) como fonte autorizada para iluminar a questão. Aqui, a cura não está no olhar a Serpente, mas na promessa de Deus. Na obediência à sua Palavra. Assim também no caso dos objetos sacros marianos e outros como em particular o Escapulário se deve usar este critério bíblico.
Embora não exista nenhuma exatidão histórica de uma confirmação celeste dos privilégios ao Escapulário, e não é necessário tê-las, a Igreja, com sua autoridade conferida por Cristo a Pedro, estimula o uso coerente do Escapulário Carmelitano ajudando assim os fiéis a viverem com coerência a vida cristã para assim serem herdeiros da eficácia da mediação da Virgem junto ao trono da Graça.
Usando o Escapulário com o coração voltado às coisas celestes, ao projeto de Maria, que é servir aos irmãos no amor, o devoto não passará pelo Purgatório, mas irá participar das heranças do céu como promete o próprio Jesus tendo sua Mãe como a primeira na prática do serviço ao Reino e do amor fraterno.  Nossa Senhora do Monte Carmelo, rogai por nós!
http://www.zenit.org/pt