sexta-feira, 1 de março de 2013

A BIBLIA, o coração que impulsiona a vida da Igreja.





                               A Constituição Dogmática DEI VERBUM que compõem o elenco dos documentos aprovados no Concilio Ecumênico Vaticano II, realizado a cinquenta anos atrás em Roma, trouxe para toda a Igreja católica a uma revalorização da Bíblia, como fonte da Divina Revelação. Sem esquecer a verdadeira Tradição e o Magistério, os padres conciliares elaboraram uma Constituição que é um verdadeiro tesouro para todos nós, sejam leigos, padres, catequistas, diáconos, bispos, religiosos e animadores de comunidades. O texto final foi aprovado em 18 de novembro de 1965, tendo recebido 2.344 votos a favor e seis contra.
                                O grande objetivo do Concilio era difundir a Palavra de Deus, obedecendo ao mandamento de Jesus Cristo: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda criatura!” (Mc 16,15). Logo no inicio aparece a sua finalidade: “propor a genuína doutrina sobre a Revelação divina e sua transmissão, para que o mundo inteiro, ouvindo, creia, crendo espere, e esperando ame” (Dei Verbum 1). Chama-se Constituição Dogmática por que trata de questões de fé e contém os fundamentos da Teologia da  Revelação.
                               Sua estrutura está divida do seguinte modo:
·         PROÊMIO que nos introduz no tema central do documento.
·         Capitulo I que fala da natureza e objeto da Revelação: sua preparação, sua plenitude em Jesus Cristo, como a Revelação deve ser recebida na Fé e fala das Verdades Reveladas.
·         Capítulo II que fala da transmissão da Divina Revelação, apresenta os Apóstolos e seus Sucessores como pregadores do Evangelho, afirma para nós que os ensinamentos dos Apóstolos progride na Igreja sob a assistência do Espírito Santo e que esta Tradição tem mutua relação com a Sagrada Escritura. “ O oficio de interpretar autenticamente a Palavra de Deus foi confiado unicamente ao Magistério vivo da Igreja, cuja autoridade se exerce em nome de Jesus Cristo.” (Dei Verbum 10).
·         Capítulo III traz a inspiração divina da Sagrada Escritura e sua interpretação: A Bíblia é uma só e sua unidade é o fundamento sobre o qual repousa sua interpretação teológica. O método histórico - critico de pesquisa foi muito valorizado pelos padres conciliares.
·         Os capítulos IV e V tratam respectivamente do Antigo e do Novo Testamento. O Primeiro Testamento contém um retrato da História da Salvação e serviu para preparar a chegada de Jesus Cristo que veio inaugurar o Reino de Deus, como é descrito no Segundo Testamento.
·         No VI capítulo encontramos a afirmação de que a Igreja sempre venerou as divinas Escrituras, da mesma forma como o próprio Corpo do Senhor e muito explicito o convite ao aprofundamento da Palavra de Deus através da tradução da Bíblia para todos os idiomas.
·         Por fim temos o Epílogo e a Promulgação pela sua Santidade, o papa Paulo VI.
                            Padre Ermindo Rapozo de Assis

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