A
Constituição Dogmática DEI VERBUM que compõem o elenco dos documentos aprovados
no Concilio Ecumênico Vaticano II, realizado a cinquenta anos atrás em Roma,
trouxe para toda a Igreja católica a uma revalorização da Bíblia, como fonte da
Divina Revelação. Sem esquecer a verdadeira Tradição e o Magistério, os padres
conciliares elaboraram uma Constituição que é um verdadeiro tesouro para todos
nós, sejam leigos, padres, catequistas, diáconos, bispos, religiosos e
animadores de comunidades. O texto final foi aprovado em 18 de novembro de
1965, tendo recebido 2.344 votos a favor e seis contra.
O grande objetivo do Concilio
era difundir a Palavra de Deus, obedecendo ao mandamento de Jesus Cristo: “Ide pelo
mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda criatura!” (Mc 16,15). Logo no
inicio aparece a sua finalidade: “propor a genuína doutrina sobre a Revelação
divina e sua transmissão, para que o mundo inteiro, ouvindo, creia, crendo
espere, e esperando ame” (Dei Verbum 1). Chama-se Constituição Dogmática por
que trata de questões de fé e contém os fundamentos da Teologia da Revelação.
Sua
estrutura está divida do seguinte modo:
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PROÊMIO que nos introduz no tema central do
documento.
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Capitulo I que fala da natureza e objeto da
Revelação: sua preparação, sua plenitude em Jesus Cristo, como a Revelação deve
ser recebida na Fé e fala das Verdades Reveladas.
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Capítulo II que fala da transmissão da Divina
Revelação, apresenta os Apóstolos e seus Sucessores como pregadores do
Evangelho, afirma para nós que os ensinamentos dos Apóstolos progride na Igreja
sob a assistência do Espírito Santo e que esta Tradição tem mutua relação com a
Sagrada Escritura. “ O oficio de interpretar autenticamente a Palavra de Deus
foi confiado unicamente ao Magistério vivo da Igreja, cuja autoridade se exerce
em nome de Jesus Cristo.” (Dei Verbum 10).
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Capítulo III traz a inspiração divina da Sagrada
Escritura e sua interpretação: A Bíblia é uma só e sua unidade é o fundamento
sobre o qual repousa sua interpretação teológica. O método histórico - critico
de pesquisa foi muito valorizado pelos padres conciliares.
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Os capítulos IV e V tratam respectivamente do
Antigo e do Novo Testamento. O Primeiro Testamento contém um retrato da
História da Salvação e serviu para preparar a chegada de Jesus Cristo que veio
inaugurar o Reino de Deus, como é descrito no Segundo Testamento.
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No VI capítulo encontramos a afirmação de que a
Igreja sempre venerou as divinas Escrituras, da mesma forma como o próprio
Corpo do Senhor e muito explicito o convite ao aprofundamento da Palavra de
Deus através da tradução da Bíblia para todos os idiomas.
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Por fim temos o Epílogo e a Promulgação pela sua
Santidade, o papa Paulo VI.
Padre Ermindo Rapozo
de Assis